23 dezembro 2013

Trancado a 7 Chaves - 2 Temporada

Capítulo 5 






 -Ele ... esteve hoje aqui.
 -Do que está falando Kailone–O senhor do outro lado diz confuso, estendendo a mão indicando que os mordomos saíssem do quarto, o que obedeceram. Depois de ter a certeza de que já estavam longe voltou a falar no telefone. – O que ele foi fazer ai?
 -Skarleth o trouxe. Aquela menininha impertinente.
 -Skarleth, o que me lembro era de ter avisado para não permitir que ela tivesse contato com essas coisas, fazendo ela mudar de ideia não é?
 - Sim senhor, mas ... Skarleth é teimosa, assim como o pai. – o moreno disse revirando os olhos.
 - Como o pai não. Você é o pai dela.
 -Não exatamente.
 -Não pense assim Kailone. Ela pensa assim e é assim que é, você é o pai dela e pronto.
 -O que vamos fazer com ele?
 - Onde Ra... quero dizer Elizabeth está?
 -Está no quarto.
 -Escute bem Kailone. Shindou não pode descobrir que a minha filha está viva, ouviu Kailone?
 -Sim senhor.
 -A primeira coisa, afaste Skarleth dele e em falar nela, onde ela está?
 - Ela foi a algum lugar, mas logo volta, está escurecendo já.
 - É bom mesmo. Amanhã ligo novamente.
 -Sim senhor.
  Os dois desligaram. O senhor de cabelos já brancos, levou as mãos grandes ao rosto, o esfregando levemente em um ritmo de vai e vem.
 -Takuto. –O nome saiu fraco e vago da boca, ainda um pouco entre as mãos, que agora massageavam as têmporas. –O que é que está fazendo ai?
  Uma breve preocupação tomou sua face. Desde que sua filha havia se mudado para a Inglaterra, a fim de salvar a vida de todos ele vivia pensando em como seria esse dia. O dia em que Shindou Takuto descobrissem eles, descobrisse que seu amor estava viva e que tinha uma filha. A 6 anos só podia ouvir a voz da filha, não podia a ver desde que fora ameaçado por uma gangue, que prometeu matar a sua filha e para evitar isso, o Senhor Kirino decidiu pela opção mas difícil. Sua filha teria de desaparecer, sumir. E pra isso o mais provável era a morte de sua filha, mas como essa fato o atormentaria pelo resto da vida optaram por forjar a morte. Foi tudo planejado e depois de dada como morta depois de um sequestro Kirino Ran, casou-se com Kailone MegLend, um dos seguranças da família, se mudaram para Londres e seu nome foi mudado para Elizabeth MegLend. Sua vida nunca mais fora igual. Agora passava os dias acobertando sua mentira, tentando distanciar o tal Takuto de sua filha. Mas nada adiantou.


 A noite já havia caído e na mansão Shindou , uma menininha de cabelo  roseio subia animadamente as escadas sendo seguida pelo moreno de olhar atento a ela. Pararam quando se deram de frete a uma porta bege com alguns detalhes na madeira, o moreno solta um leve sorriso olhando nos olhinhos curiosos da menina, leva a mão direita a maçaneta prata redonda e a gira abrindo a porta, dando passagem para que os olhos de ambos fossem chamados para dentro do quarto grande, com uma cama bem arrumada no centro encostada na parede creme, havia algumas cômodas de madeira, alguns quadros, um poltrona e ao lado uma cortina branca que dava para uma sacada.
 -Nossa que lindo. É o seu quarto– A menina pergunta dando alguns passos a frente entrando no quarto.
 - Digamos que sim. – Ele disse a seguindo.
 -Como assim ´´ digamos ``? – ela disse se virando para ele e arqueando uma das sobrancelhas.
 - Meu quarto de verdade fica em Inazuma, esse é um provisório.
 -Aaaaahh ta. –Ambos riem. Enquanto o moreno caminhava até o piano ela se distraiu com um objeto no guarda roupas dele. Uma caixinha prata, escondida por algumas blusas de frio, seguiu até lá retirando as blusas. –O que é isso?- ela chamou a atenção do moreno que se dirigiu até ela.
 -Isso? São lembranças. –disse pegando a caixa.
 -É da sua namorada?
 -Sim.
 Seria importuno perguntar mais sobre o assunto, mesmo curiosa a menina se virou indo para onde o moreno estava. Passou as pequenas mãozinhas brancas sobre as teclas em um tom mas escuro, pressionando apenas algumas, logo depois se sentando.
 Ela começou a tocar e assim ficaram por algum tempo, até que Ernesto os comunicar que o jantar havia sido servido. Comeram, Skarleth foi levada para tomar um banho e depois adormeceram.





 -Skarleth ... Skarleth ... acorde Skarleth. – o moreno dava leves balaços na menina que resmungava.
 -Hmm ... ah mãe, só mais um pouquinho. –ela disse murmurando manhosa o fazendo rir.
 - Skarleth, vai se atrasar para a aula.
  Desça vez ele se dirigiu até a cortina escura que não permitia a luz da manhã entrar a abrindo, fazendo a menina se mexer na cama, se colocando sentada coçando os olhos com as mãos.
 -Shindou... –Ela disse com uma voz baixa.
 -Você entra as 8:00h não é?
 -Sim.
  Mesmo ainda um pouco com sono ambos seguem para a mesa onde comeram e em seguida ela se trocou. O moreno a acompanhou até a porta da escola, ainda dentro do carro ambos olhavam o entra e sai de crianças na grande escola.
 -Você vai vir me buscar? –Ela perguntou sem nem mesmo o olhar.
 -Acho que não.
 -Por que?
 -Sua mãe deve estar preocupada. Você já passou a noite na minha casa.
 -Hn ... não quero mais voltar pra minha casa, case com a minha mãe e me adote. –Agora ela o olhava seria, seus olhos avermelhados iam de contraste com o brilho da manhã, Shindou queria muito que pudesse fazer isso, essa menina lhe dava uma sensação diferente, e sua mãe, depois que a viu não parava de pensar nela, em como parecia com Ran.
 - Desculpe Skarleth. Não quer dizer que eu não queira mais.
 - Entendo. –Sua voz saiu baixa junto de seu olhar que se desviou do maior. Ela soltou o cinto e abriu a porta. – Foi legal essa noite. Obrigado.
  A menina disse a começou a caminhar, entrando na multidão de crianças, deixando o moreno parado a olhando ir. Se fosse possível fugiria com ela e sua mãe, pensar o que elas passam nas mãos daquele homem fazia seu sangue ferver, mas como ficaria a empresa? E os negócios da família, que demoraram tanto tempo para serem erguidos pelos seus pais? Tudo iria por agua a baixo se uma noticia de que o mais promissor empresário de musica clássica fugiu com uma aluna e sua mãe. Era complicado, mesmo que seu coração ardesse com a ideia de ser o pai dessa pequena menininha e nem era pelo seu talento e sim por ela ser o que era. Voltou ao seu estado normal quando pode ouvir algumas buzinadas atrás de seu carro, ele prendia uma fila grande, ligou o carro e saiu teria de pensar melhor nas opções razoáveis.


   A tarde já caíra e agora o time juvenil da escola Fousseal treinava, mas um casal estava separado dos outro, sentado em um banco conversando.
 -Você nem me ligou ontem. –O menino dizia repreendendo a pequena.
 -Na ... gomen.
 - Sabe? Eu fiquei preocupado, depois que sua vizinha me ligou falando que seus pai estava brigando com o senhor Shindou e você estava no meio. Deveria ter me ligado, me avisado, passei a noite em claro pensando no que tinha acontecido com você.
 -Fica calmo Ruan, estou bem e é o que importa não é?
 - .... Sim ...
 Ele se acomodou melhor na cadeira do lado da menina, ambos olhavam os outros treinando.
 - Ele fazia parte de um time.
 - Ele quem?
 -Shindou.
 -Ah! Sim. Que time?
 - Raimon Eleven. Esse nome não me estranho por alguma razão.
 -Raimon ... Eleven, já ouvi falar também na tv.
 -Estranho, não lembro de ter sido na tv.
 -Na ... vamos tirar isso a limpo. – o menino se levanta, dando alguns passos até perto do grupo que treinava. – Fiquem treinando já voltamos. – disse se virando e começando a andar, a menina o seguiu.
 -Onde vamos?
 -Tirar as duvidas.
  Depois de mais um pouco andando entraram em uma sala onde haviam vários computadores, mesas, cadeiras e alguns alunos. Entraram e se sentaram.
 - O bom da internet é que podemos procurar tudo nela hoje. –Ele disse levando a mão ao mouse o movendo, causando um estralo na tela que se clareava lentamente, mostrando um programa de pesquisa. Ele levou os dedos aos pequenos botões do teclado e digitou ´´ Raimon Eleven `` os resultados da pesquisa apareceram em segundos.
 -Olha esse aqui. –A menina ao seu lado apontou para uma das pesquisas ´´ Membros do Time Raimon Eleven `` o menino clicou, fazendo abrir uma pagina  com alguns dados sobre o time. –Clica ali pra ver a foto do time. – ela disse e foi atendida, a foto se ampliou na tela dando visão para poderem ver todos os membros.
 -Engraçado.
 -O que Len?
 -O tem só tem 10 membros.
 -Hm... é mesmo.
 -Parece que eles fizeram alguma mudança na foto original, pra tirar um dos membros.
 - Parece ser alguem ligado ao Shindou, estava ao seu lado, mas porque fariam isso?
 -Não sei.
 -Estranho não?
 -Sim, muito.
 Passaram algum tempo ali tentando saber o por que de um dos membros do time ter sido tirado da foto. Logo voltaram para o campo e terminaram o treino. Foram juntos para casa, só se separaram quando chegaram na frente da casa da menina.
 -Então até amanhã. – ele disse se virando.
 -Até Len.
 Ela se virou e entrou em casa, sua mae estava na cozinha, a luz que vinha do cômodo indicava isso então seguiu até la.
 -Oi mae. –ela disse entrando na cozinha.
 -Skarleth! – A mulher se virou assustada e  caminhou até a filha a abraçando. –Graças a Deus. –disse entre o abraço.
 -Mae, eu mandei uma mensagem avisando.
 -Eu sei filha, recebi ela.
 -Então por que está assim?
   A moça não disse nada mas seu olhar distante denunciou algo a pequena.
 - Suba, logo o jantar estará pronto.
 -Sim senhora.
  A menina subiu as escadas mas em vez de ir ao seu quarto foi para o quarto da mãe.
 ­-Eu sei que já aquela caixa e o brasão em algum lugar aqui. – ela diz baixo entrando no quarto e seguindo para a cômoda da mae, abriu algumas gavetas levantando algumas roupas. –Droga, é claro que uma caixa daquele tamanho não estaria aqui. – a menina seguiu até o guarda roupa o abrindo, começou a mexer em algumas roupas e nada. Pegou uma cadeira que ficava no quarto posicionou no lugar certo e subiu, assim podia ter uma visão melhor da parte de cima do armário, retirou um casaco velho e pode ver a caixa bem no fundo. –Isso! Eu sabia. –Esticou o braço ao máximo e o pegou, arrastando um pouco até chegar mais para perto, pegou a caixa e desceu da cadeira sentando na cama. –Essa caixa é igual a do Shindou. –disse baixo, colocando a mão na caixa para a abrir, fez uma pequena pressão e a tampa se soltou mostrando várias fotos e objetos. –Oh! – surpresa a menina pode ver algumas fotos em que sua mae e um rapaz igual a Shindou estavam juntos, pareciam felizes, se divertindo, outras ela estava com o tal uniforme com o brasão que estava na casa do moreno. –É isso! – Skarleth disse baixo, estava obvio agora, sua mae era amiga do Shindou quando morava no Japão e seu pai morria de ciúmes dele, por isso a razão de tudo aquilo ontem. Pegou algumas fotos deixando em cima da cama, subiu novamente até a cadeira a subindo e colocando a caixa no lugar. Pegou as fotos na cama e foi para o quarto.
 -Otimo agora sim. Vou levar essas fotos amanhã para o Shindou. – colocou as fotos no material de escola, não poderia deixar que seu pai ou sua mae visse isso.
 -Skarleth! O jantar está pronto.
 -Estou indo mamãe. ­– ela disse guardando a mochila e seguindo para a cozinha, que mistérios seus pais a escondia? Era nisso que sua cabecinha pensava enquanto descia as escadas para ir até a cozinha.

Continua ....

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