Capítulo 9
- Meu querido Shinnnnn!!! – ela disse estridente vindo em minha direção.
´´ Eu mereço `` pensei enquanto forçava um sorriso e ela se aproximava.
- Que saudades. – ela disse de frente a mim sorrindo.
- Quanto tempo ... Akine. – sorri
- É verdade. Não nós vemos desde que voltou de Ottawa.
- Sim, e o que faz por aqui?
-Kariya está em uma viagem de negocio, então ....
-Ah, verdade. E como anda a firma?! – caminhei a chamando para nos sentarmos no sofá.
- Anda bem, e o seus?
-Vão bem também, o brigada.
Lembro como se fosse hoje o susto que todos tomamos quando recebemos a noticia que estavam namorando e em seguida o convite de casamento. Nunca imaginaria ela e Kariya juntos, as a vida nós prega peças não é?
- Fiquei sabendo que você tinha viajado para cá, então imaginei que estaria instalado aqui.
-Sim, assuntos inesperados da corporação filiada, entende não é?
-Entendo. Então ... falei com sua mãe a dois dias... Ela está preocupada com você.
- Há, está aqui de mensageira da minha mae Akine?
- Shindou ...
- Por favor, será que minha mãe não tem coragem de falar comigo pessoalmente, ou me ligar?
-Você não a escutaria Shindou, ela já tentou varia vezes falar sobre isso com você.
- Então porque insiste com o mesmo assunto? Não irei me casar e esse assunto não é discutível.
-Então prefere ficar sozinho? Sem ninguém? A vida de alguém solitário é tão triste Shindou... Pra que se privar de um novo amor se a Ran está morta.
- Calcule suas palavras Akine. Está em minha casa me insultando? Não estou me privando de nada, se ninguém me chama a atenção, não posso fazer nada. Me casar só para a empresa ter um herdeiro, nunca faria isso, nunca.
-Então vai ser assim? A família Shindou vai acabar na sua geração? Vai enterrar junto de você todos os sonhos da família?
-Os sonhos da família? E os meus? Não são nada? Ofuscados pela ganancia e o poder que ela se impõe sobre mim? – quem é que ela pensa que é? E u me casarei com quem quiser. Kirino é única pra mim e se me casasse novamente seria com Elizabeth, mas esse sonho é impossível.
-Shin ...
-Eu já disse Akine. Não me casarei só para garantir o futuro da empresa. Se meus pai pensam assim que tenham mais um filho enquanto há tempo. – me levantei indo para a porta. – Se veio só por isso, não quero sua companhia. Boa noite.
-Tudo bem, eu vou embora. Mas pense bem, vai ser bom pra você se apaixonar mais um vez, há muitas mulher boas como Ran no mundo.
- Saia Akine.
Ela se levantou e saiu. ´´Você não sabe de nada. Meu coração já foi roubado pelo impossível``
Subi até o quarto, seria melhor relaxar com um banho. Entrei no banheiro, me desfiz das roupas e entrei no box. A água gelada me causou um pouco de desconforto, mas em seguida a temperatura melhorou.
Ninguém entende. Minha mãe só pensa no bem da empresa e acaba esquecendo o próprio filho. Terminei o banho e fui comer alguma coisa. Ernesto estava na cozinha e acabou me servindo.
-Mestre Shindou, onde está a jovem madame de mais cedo?
-Ela foi embora. – respondi pegando a comida.
- Mas tão rápido? Ela estava tão ansiosa para o ver.
-Estava ansiosa por outros motivos Ernesto.
-Como assim?
-Prefiro não dizer.
-Entendo.... Mas alguma coisa o incomoda mestre?
Como Robert, Ernesto me conhecia muito bem. Já faziam 30 anos que ele servia minha familia.
-Nada de mais Ernesto.
-Coisas que são nada de mais não roubam a preocupação do meu senhor.
-Nesse final de semana... – comecei e então percebi. Esse final de semana seria 15 de Setembro, o dia em que voltei para Ottawa w descobri que Ran estava morta. Que coincidência. – Vai ser o aniversário da Skarleth e bem .... gostaria de comprar um bom presente para ela.
-Um presente para a lady Skarleth ... é uma tarefa bem difícil para alguém bonita como ela.
-Sim e é isso que me deixa preocupado. Não quero chegar sem algo em mãos.
-Tenho certeza que o que escolher encherá os olhos da jovem Skarleth.
-Obrigado Ernesto. Mas ... gostaria que me ajudasse, poderia?
-Eu? Ah, claro senhor, seria um prazer.
-Ah, me sinto mais tranquilo assim. Muito obrigado. Então saímos amanhã cedo.
-Sim senhor.
Confesso que fiquei mais aliviado sim, não levo muito jeito para isso e com certeza Ernesto me ajudaria muito. Acabei com o jantar e fui me deitar amanhã seria um longo dia e faltava apenas 2 dias para o aniversario dela.
Acordei com o despertador tocando sem parar na cabeceira da cômoda ao lado da cama. Me levantei um pouco sonolento, me dirigi para o banheiro, fim minha higiene matinal e desci para o café. A mesa já estava pronta. Comi e lembrei Ernesto novamente sobre os planos de hoje. Subi me arrumei e desci encontrando ele já pronto a me esperar. Com a chave do carro em mãos seguimos para o estacionamento, ele queria que levássemos um motorista, mas preferi dirigir eu mesmo. Saímos de casa e seguimos para um shopping no centro, um dos melhores por acaso.
Passamos ali muito tempo, na verdade horas. Nada combinava perfeitamente com a Skarleth. Já estava de tarde e voltávamos para casa desanimados.
-Foi uma perda de tempo hoje. – soltei decepcionado
-Claro que não senhor. Constatamos que no Shopping não há nada para a jovem Skarleth e isso é um progresso. Assim podemos procurar em outro lugar e ... ah senhor Shindou ali.
Ele disse apontando para uma loja no outro lado da rua. Estacionei na primeira vaga que encontrei e seguimos até a loja, não muito chamativa, exceto pelo fato de uma grande placa de papel pendurada no vidro na parte de dentro, com escritas em vermelho ´´ Atendemos encomendas de bijuterias `` no mostruário escasso na frente da loja havia algumas correntes, anéis, pulseiras.
-É isso Ernesto? – perguntei descrente.
-Sim senhor. – ele me respondeu seguro, sorrindo. – Vamos entrar.
Ele girou a maçaneta abrindo a porta, fazendo com que alguns sinos no alto da porta balançassem. Entramos cautelosos até avistarmos um senhor sentado em frente a uma mesa repleta de pedaços de ferro e joias.
-Senhor... – Ernesto começou chamando a atenção dos obres castanhos do senhor.
-Sim? –ele respondeu nos olhando.
-Vimos a placa na entrada. Trabalham com encomendas?
-Sim senhor. – o velho se levantou e veio até nos limpando as mãos empoeiradas no avental marrom em seu colo. – O que precisam?
-Queremos uma encomenda para um aniversário no fim de semana, dia 15.
-Dia 15 ....
-Sim senhor. –respondi, fazendo com que ele me olhasse de cima a baixo.
-E o que querem que eu faça?
Acabamos por encomendando ali mesmo o presente da Skarleth. Mesmo parecendo uma loja sem muita tecnologia pude ver exatamente como o presente ficaria em um programa de computador que o dono da loja nos mostrou. Ficaria perfeito, lindo como ela. Saiamos da loja quando cruzamos com a Akine novamente. Desta vez estava acompanhada pelo Kariya.
-Shin. – ela me chamou sorrindo.
-Akine. Kariya. –respondi recebendo um cumprimento leve de ambos. – O que fazem por aqui? –perguntei.
-Estamos só aproveitando Londres e seus maravilhas. E vocês? – Ela perguntou, tomando a iniciativa que Kariya com certeza tomaria.
- Ah nada de mais.
-Nada de mais? – ela perguntou correndo os olhos por trás de mim. – Estavam encomendando algo nesta loja?
-Um presente. – respondi rapidamente.
-Para quem? Pensei que havia me dito que não se apaixonaria mais uma vez.
-E não vou Akine. Esse presente é para uma aluna que comemorará seu aniversário no final de semana.
-Ah e agora esta investindo em prostituição? – Kariya soltou sarcástico.
-Claro que não. Ela completará apenas 7 anos.
-Oh então é pedofilia?
-Ora seu ....
-Oh serio? Sete anos? Tem uma foto para me mostar?
-Não, não tenho. –respondi.
-Que pena.... Mas pode a descrever? Adoro crianças.
- Bom ....
-Ela é uma jovem radiante. Seus cabelos são exóticos junto dos olhos chocolates, como os do mestre Shindou. – Ernesto pronunciou, mostrando sua presença ao meu lado.
-Cabelos exóticos? Rosas? – ela perguntou.
-Sim e o que tem?
- Final de semana não é? Dia 16? .
-Não. Dia 15,o que tem isso?– disse dando alguns passos.
-Dia 15 de Setembro. Esse não foi o dia em que você foi para Ottawa e descobriu a morte da Ran?
-Sim e o que tem isso?
-Os cabelos dela são exóticos, mas exatamente rosa. E a cor de seus olhos, como ele disse são como os seus... Interessante não Shindou? – Kariya disse duvidoso. Ele sempre acreditou que Ran não havia morrido de verdade, e já havia jurados outras vezes de ter a visto aqui em Londres mesmo. Mas isso seria normal, visto porque, Elizabeth tem as mesmas cara .... características que da Ran. Não isso não é possível.
-Não diga asneiras Kariya. Ran está morta.
-E você já viu o corpo dela? Como pode ter tanta certeza?
Isso é verdade. Desde que seu pai me contou sobre sua morte, ele não me permitiu voltar ao seu tumulo e ainda por cima tirou todos os vestígios dela da Raimon e do time, retirou tudo, como se ele quisessem que ela fosse apagada.
-Não diga bobeiras. Vamos embora Ernesto
Disse começando a caminhar, sendo seguidos por Ernesto. E se Kariya estiver certo? Se a minha Ran não tiver morrido de verdade? Skarleth poderia ser minha filha? Não claro que não. Ela está fazendo aniversario agora e se Ran tivesse engravidado depois daquele dia Skarleth teria de fazer aniversario em Maio e não em setembro. A menos que .... Não, não pode ser.
Continua ...
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